quarta-feira, 10 de julho de 2013

Educar filhos


 
Nunca pensei que educar um filho seria tão difícil.

O meu Davízinho estava tendo alguns comportamentos que me tiravam do sério, tal como jogar a comida, copo, prato (e tudo que encontrar na frente dele na hora da refeição) no chão. Deixei ele muitas vezes sem comer por alguns minutinhos, até perceber alguma mudança de comportamento nele e só então voltava a dar atenção a ele. A última vez que comemos fora, ele jogou com toda a força dele um prato de vidro pesado no chão do restaurante e quebrou em dezenas de pedaços. Ficamos frustrados. Ben levou o Daví lá fora e o repreendeu. Quando voltaram eu falei ao Daví o quão decepcionada eu estava com ele, e aí como se ele nos pedisse desculpa passou a comportar-se. Embora pequeninho ele já está começando a aprender o que julgamos ser certo e errado, e entender que certas atitudes não são bem-vindas em nosso lar. Não há nada que deixe o Daví mais feliz do que nos ouvir dizer “ Bom trabalho” quando ele faz algo bom. Ele fica tão orgulhoso de sí mesmo e sorrir satisfeito com o que fez e claro que para ser elogiado novamente ele repete a atitude. Fico realmente impressionada com o impacto do elogio no meu menino tão pequeninho.

Começando a entender o mundo ao redor dele, o Daví já começa a imitar nossas atitudes. O que verdadeiramente me assusta e ao mesmo tempo me faz ter um policiamento constante na maneira com que estou agindo principalmente quando ele estar por perto. Ben e eu tentamos nos tratar sempre bem quando Daví está ao nosso redor e ter um linguajar apropriado, mas por sermos imperfeitos falhamos em alguns aspectos. Mas cada dia penso que o meu exemplo vai moldar o caráter do meu filho, e isso me traz motivação de fazer o melhor de mim. Ontem quando eu cheguei do trabalho, estava tentando desfrutar das poucas horas que me restavam para passar com o Daví. Mas tanto ele quanto eu estávamos cansados e um tanto quanto estressados pelo longo dia atarefado. Daví estava me desobedecendo em algumas coisas e eu comecei a me chatear com ele. Pela primeira vez desde que Daví nasceu eu gritei com ele. Ele me olhou assustado e começou a chorar. Eu imediamente pedi desculpas a ele, falei que embora ele tenha me dado razões para eu alterar a voz com ele, isso não justificava o que eu havia feito. Beijei o rostinho dele e pedi porfavor para me desculpar , pedi para ele me obedecer e falei que não faria isso denovo. Nós dois nos acalmamos e desfrutamos do resto do dia juntos como mãe e filho. Mas sabe? eu fiquei com um pesar na minha mente. Eu nunca deveria ter gritado com ele. Eu não falei nada feio. Falei pra ele ficar sentado. O problema foi a alteração de voz. Eu nunca quero Daví morando em um ambiente em que as pessoas gritam uma para outra e ficam magoando um ao outro. Em especial porque eu estou educando um menino que será o esposo de alguem algum dia. Quero ele tratando ela com o real valor que ela terá e claro que isso vai muito além do que isso. Passei o dia inteiro hoje pensando ainda da maneira que agi, e prometi a mim mesma que não importava quão atarefada eu estivesse hoje em casa, eu daria toda a minha atenção ao Daví. Foi o que eu fiz. Daví em nenhum momento ficou estressado, chorando, ou fazendo tolices para chamar minha atenção, ele não precisava porque já tinha a minha atenção por completa. Sentimos paz e felicidade juntos.

Quero terminar por dizer que a força do exemplo é muito superior a qualquer coisa que venhamos a ensinar por palavras. Isso não se aplica só a educar uma criança, mas em todos os aspectos de nossas vidas. Nós adultos também somos influenciados pelos bons os maus exemplos. Eu quero escolher ser guiada pelo que é bom. Há muitas coias ruins acontecendo no mundo inteiro, mas ainda há muitas coias belas e positivas. Há muitos bons exemplos dignos a serem seguidos, e são esses bons exemplos que meu coração está anciosamente buscando, porque agora, mais do que nunca, eu tenho uma motivação que vale muito mais que qualquer coisa terrena: O meu filho!

Refletindo sobre tudo isso eu estou pensando muito no amoroso Pai Celestial que temos. Quantas vezes agimos como tolos, e o Senhor talvez queira nos repreender, e o faz na maneira sábia dele. O caminho que seguimos não é seguido por boas ações e as consequências resultam claro em infelicidade. Nesse processo de educar a nós, seus filhos, ele possui qualidades divinas. Eu fico imaginando na paciência que ele tem para nos ver agindo muitas vezes erroneamente, e acreditando que podemos mudar tudo se assim quisermos. Educar um filho não é fácil, mas só um pai e uma mãe para entender o valor que se tem ver um filho tendo uma vida feliz e cheia de sucessos. Sei que o amor perfeito de Deus sempre está disponível. Ele é a luz que nos fará caminhar e conquistar o que é digno de ser conquistado. Jesus Cristo é o único exemplo perfeito, e ao seguirmos seu exemplo teremos recompensas Celestiais e sei que não haverá nada mais maravilhoso nesta vida ou na outra do que ouvir o nosso Pai Celestial dizendo: “Filho, bom trabalho!”

 

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