Há mais ou menos dois meses atrás fui buscar o Daví na escolhinha e recebi uma carta, como diariamente recebo,
falando como foi o dia dele, mas desta vez havia uma observação dizendo que o
Daví havia brigado na escolhinha por causa de um brinquedo e ele chegou com
nariz machucado. (Ele já havia chegado outras vezes com marcas de mordida no
braço) Quando chegamos em casa fui ter a primeira conversa com ele sobre não
brigar na escola. Mas eu não sabia como tratar sobre isso com um menino que
ainda estava por completar dois anos de idade. Finalmente eu disse assim: “
Daví se alguem bater em você, você bate de volta”. O meu esposo ouvi e pediu
pra eu não ensinar isso. Então eu perguntei se ele nao batia de volta quando
alguem batia ele primeiro. Ele disse que sempre foi o mais alto da turma, entao
ninguem batia nele. Já vi que o Daví não é o mais alto e claro que eu repliquei perguntando se ele quer
o Daví sendo o menino que apanha na escola. Nos calamos. Mas meus pensamentos
não ficaram quietos. Como eu iria ensinar para o Daví se defender sem que ele
batesse de volta?
Umas três semanas passaram e novamente Daví brigou na escola e desta vez
segundo a professora o Daví bateu primeiro. Ele geralmente é um menino que se
comporta e é bonzinho,mas como eu conheço o meu filho sei que ele também tem um
lado ‘rebelde’. Desta vez falei. ‘Não quero que você bata nos seus
amiguinhos... Mas também não quero você apanhando.’ Denovo fiquei perturbada
com a situação. Não quero o meu filho batendo nos meninos e criar um menino
encrenqueiro, mas ainda não quero que ele seja o saco de pancadas de outros por
ser muito bobinho. Sei que isso parece
estranho e talvez errado, mas não quero que ele cresça com medo de outras
pessoas por ser mais baixinho ou mais fraco. Quero ele confiante, não valentão.
Mesmo pequeno eu tentei defender o meu ponto de vista dizendo ao Daví e ao meu
esposo que não é uma questão de ‘olho por olho e dente por dente’. Não é porque
alguém me roubou que vou roubar outros, não é porque alguém mentiu que eu vou mentir,
ou porque alguém me traiu que eu vou trair também. Não. Não é isso, porque tudo
isso é uma questão de caráter pessoal. Mas aprendi que neste mundo atual há um
monte de gente que tira vantagens de outros e que vai fazer você de idiota se
tiver chance. Aprendi que devemos respeitar as pessoas, mas não vou deixar elas
se aproveitarem de mim porque sou mais pobre, mais baixa, ou seja lá qual for a
fraqueza que se encontre na situação. Então em meio a tudo isso eu só queria
ensinar ao Daví que ele não deve desrespeitar ninguém, mas deve estar pronto
para se defender. Defender quem ele é , o que acredita e não deixar-se intimidar por ninguém. Nenhuma mãe
quer ver seu filho apanhando. E nem batendo.
Recentemente vi duas crianças brincando e uma delas bateu na outra. A
que apanhou bateu de volta e a outra chorou e saiu correndo para a mãe. Um das
mães perguntou porque ela bateu na criança. E ela respondeu que bateu porque a
outra criança bateu primeiro. Então a mãe imediatamente disse: “Só porque
alguém bateu em você não significa que você deve bater de volta. Você é melhor
do que isso. Peça desculpas.” Aí a criança pediu desculpa. A outra criança que
havia começado a briga só continuou chorando.Não pediu desculpa e a mãe não a
fez pedir desculpa de volta. Aí eu fiquei sem saber o que pensar.
A verdade é que cada mãe educa o seu filho a maneira que quer. E quando
você diz a uma mãe que ela é uma má mãe isso é uma grande ofensa. É melhor não
dizer nada. Espero que eu realmente consiga penetrar no coração do meu filho
boas virtudes e que ele escolha e se torne virtuoso. Eu quero ser uma boa mãe e
de verdade nós mães precisamos de toda ajuda Celestial possível para educar
nossos filhos. Que o Senhor nos ajude nessa grande missão!
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