Agosto do ano passado, quando eu estava esperando o meu baby Elias, eu
estava em repouso e já nem podia andar devido ele estar tão grande. O Ben
estava no trabalho e o Davizinho coitadinho estava em casa comigo sem nem poder
sair pra brincar porque eu mal saia da cama. Certo dia ele me pediu o celular
para assistir vídeos no Youtube, eu sem exitar deixei porque ele precisava de
algum entretenimento. Naquela época ele estava ligado em “Pocoyo” e na “Peppa
Pig”. Eu havia assistido alguns episódios com ele, e não achei nada demais, e
eu gostava de ouvir as risadas do Daví ao assistir os vídeos. Algo aconteceu,
os risos tão gostosos de ouvir se tornaram num grito de terror. Eu que já nem
andava sai correndo da sala em direção ao Davi que estava na cozinha. Ele me
olhou muito assustado, peguei o celular para ver o que ele havia assistido. Não
tive coragem de abrir o vídeo, só vi a imagem parada da porquinha da Peppa Pig
com uma faca cheia de sangue e a cabeça do pai porquinho cortada ao chão. Quero
deixar claro que esse não era o típico desenho animado. Alguém com má intenção
refez o desenho numa versão totalmente violenta. Essa sim foi uma criação não
inspirada pelo bem. Pedi para o meu esposo depois ver o vídeo porque eu não
tive coragem como já falei. Ele confirmou que no vídeo a porquinha matou o pai.
Chamamos o Daví para conversar. Explicamos que não era certo um filho matar o
pai e nem matar a ninguém. Explicamos que aquele desenho era feio. E a conversa
foi longa tentando ajudar o nosso menino a entender que aquilo era errado. E
ele tão pequeno sabia que era errado porque ele gritou assustado, ficou com
medo depois. Proíbimos ele de assistir o desenho infantil da Peppa Pig porque
ele sempre iria associar o desenho com a versão violenta que viu. Passamos
algumas noites assustados e isso nos tirou o sono por muitas outras noites!
A razão que estou compartilhando essa experiência com vocês é para motivar
vocês pais a participarem ativamente da vida dos seus filhos. Por favor
verifiquem o que os seus filhos estão assistindo. Se eles são pequeninos,
sentem-se com eles para assistir os desenhos e aproveitem para ter certeza de
que o que eles estão assistindo é algo que você aprova. Se seus filhos forem
maiores, não tenham vergonha de perguntar o que eles estão vendo. Crianças ainda
muito pequenas assistem coisas impróprias e isso pode ter consequencias graves
na vida deles. As imagens vistas uma vez não mais se apagam da memória deles. E
isso não é caretisse! Sei que os nossos filhos são da era tecnológica. Eu mesmo
fui uma daquelas mães que comprou um tablet para o filho ainda pequeno com
receio de ele ficar atrasado com as tecnologias. Não sou contra o uso da mídia,
Não proíbo meus filhos de assitirem televisão ou usar o tablet, mas sou a favor da limitação do uso da mídia. Por
favor, não deixem que o uso da mídia substitua a hora de brincar no quintal com
os irmãozinhos, ou na rua com os amiguinhos. Não deixem que a televisão ou
tablet seja o seu babá eletrônico. Sei que de vez em quando nós pais queremos
que eles assistam um filme enquanto a gente lava a louça ou termina o jantar,
mas não façam disso um hábito. Nossos filhos precisam da nossa atenção.
Sentemos pra brincar de carrinho no chão com eles, brinquemos de casinha com as
meninas, foguemos bola , leiamos livros, contemos histórias, criemos o hábito
de conversar com eles. Deixemos o nosso celular de “castigo” por umas horinhas
e usemos esse tempo para passar com os nossos filhos. Se pararmos para
perguntar a eles como se sentem com o tempo que passamos no celular, saberão
que eles não gostam nada de nos ver com o celular quando eles querem brincar
conosco. Isso é o mesmo com nós adultos. Eu particularmente não gosto quando o
meu esposo está jogando no celular e eu quero falar sobre o meu dia.
Relacionamentos estão sendo arruinados por não sabermos administrar o nosso
tempo para o que realmente importa. Crianças estão depressivas, não sabem
conversar se não for virtualmente e tantas outras conquências seguem o abuso do
uso da tecnologia. Não percam as suas crianças para o uso da mídia. Sim elas se
viciam nos jogos, nos vídeos, nos filmes assim como os adultos. Criem um plano
com a sua família para limitar o uso da televisão, do celular, do tablet. Por
exemplo, aqui em casa o Daví pode assistir TV só depois que passou pelo menos
30 minutos brincando com os “brinquedos de verdade” com o irmãozinho dele. Ou
ele só pode assistir o tablet se prometer que vai ler um livro comigo depois.
Isso melhorou muito nosso relacionamento e ele tem se comportado muito melhor
que antes. Estamos aprendendo a nos controlar aos poucos. Não é uma tarefa
fácil, mas é sim possível. Espero que todos nós descubramos o que é o melhor
para a nossa família, façamos um plano e tornemos esse plano em ação. Sim, que
desfrutemos da era tecnológica, mas não deixemos isso subtituir nossa família!
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