Nunca sozinhos

Há alguns dias atrás vi um post no facebook com uma figura da Galinha Pintadinha mais ou menos com os dizeres “Obrigada galinha pintadinha por me deixar cozinhar, arrumar as coisas e descansar- ass. Mamãe!” Quando eu vi isso eu pensei, ‘caramba essa galinha além de pintadinha deve ser mesmo mágica’. Aí eu lembrei que meu irmão deu um DVD dessa galinha pintadinha para o Daví, e eu fui correndo pegar, deixei o Daví numa cadeirinha em frente da TV e torci pra ela fazer a mágica, porque eu realmente precisava arrumar o quartinho dele. Pronto, Subi a escada e fiquei observando escondida para o Daví não me ver e  quando a musiquinha começou a tocar, chamou a atenção dele por alguns segundos, aí eu já fiquei animada. De repente Daví  só ficou olhando para a rua de casa pela vidraça da porta e nem ligou para os vídeos. ( Ele não gosta ainda de TV) Deixei ele assim mesmo e consegui arrumar o quarto, de vez em quando olhando para ter certeza que ele não estava aprontando alguma coisa.

Isso é bem típico das mães, mesmo que precisem deixar os filhinhos sozinhos em algum momento eles estão sempre sob nossos olhares escondidos. Faço isso principalmente na hora de dormir. Meu menino não quer ficar sozinho, aí deixo ele sozinho assim mesmo, mas vez ou outra olho pelo cantinho da porta pra ver se ele está bem. Lembro que quando eu era criança morria de medo de sentar sozinha nas cadeiras de ônibus porque eu temia que meus pais me deixassem ou me esquecessem alí. Quando eu sentava sozinha, eu ficava sempre procurando por meus pais para ter certeza de que eles só desceriam se estivessem comigo. Talvez toda criança tenha essa insegurança de vez em quando por medo de ser abandonada ou esquecida.

Talvez estes exemplos que usei sejam meio bobos, mas no assunto que quero realmente chegar é que muitas vezes, em muitas situações das nossas vidas temos medo de sermos esquecidos ou nos sentimos sozinhos por completamente. A vida tem muitas lições a nos pregar. Até podemos ser literalmente abandonados por amigos, pais, cônjuges...mas de algo eu tenho certeza, há um Pai Celestial que nunca nos abandona. Ainda que não o vejamos, “Ele está escondinho,olhando pela porta entre-aberta do nosso quarto” para ter certeza de que ficaremos bem. E mesmo que muitas de nossas escolhas acabem por nos afastar Dele, Ele sempre vai estar a nossa espera. Ele sempre vai nos dá uma segunda chance se nosso arrependimento for sincero e vivermos nossas vidas de acordo com o padrão de Deus. Ele nos ama. Ainda que você tenha feito tudo que pôde e as circunstâncias da vida se tornaram difíceis de lidar, o fardo pesado demais para carregar , a Caminhada muito longa para caminhar sozinho. Lembre sempre que Deus vai estar sempre ao seu lado, mesmo que você não o veja. Ele nunca te deixará enfrentar tais provas sozinho, ou se for preciso estar sozinho em tais provas, Ele vai estar olhando por você para ter certeza de que tudo ficará bem. Eu sei que nunca estou sozinha porque tenho um Pai Celestial amoroso. Sei  disso com todo o meu coração!

 

 

Sou Mãe, Sou Filha

“ A maternidade é uma parceria com Deus!” É tão profunda esta verdade!

Meu filho tem somente 14 meses de idade. Embora eu saiba que ainda não experienciei muita da vida como mãe, já passei por muitas situações em que meu coração foi envolvido por uma diversidade de sentimentos, dos mais tristes aos mais felizes.

Bem cedo entendi que uma mãe nunca deseja o mal aos filhos, ela só deseja o bem.

Já vi mães de joelhos pedindo orientação celestial para ajudar um filho, que mesmo ela tenha dedicado sua vida a conduzi-lo nos caminhos da retidão ele escolheu outros caminhos. Outras mães que passaram a noite em claro com uma filha doente, e que daria a própria vida se isso significasse vê-la curado. Outras mães que não dormiram esperando o filho chegar tarde em casa. Mães que choraram de emoção ao ver um filho conseguindo uma formatura da faculdade;  outras mães que choraram de tristeza com um filho em seu colo que chorava a dor de um casamento fracassado. Mães que motivaram um filho a ser feliz, mesmo quando ela mesma teve uma vida sofrida. Mães que andaram milhas de distância para o trabalho e deram o vale transporte para o filho trocar por algo para comer. Mães que deixaram de comprar algo de que muito necessitava para comprar algo que o filho precisava. Mães que deram o último pão ao filho e dormiu com fome. Mães que trabalharam o dia inteiro exaustivamente e que chegaram em casa com um sorriso no rosto para cuidar da casa e dos filhos e de tantas outras responsabilidades. Mães que  sentiram a dor mais amarga ao ver seu filho jovem partir deste mundo para outro. Mães elas estão em todo lugar. Estão sempre na hora que o filho precisa. Elas são mais que anjos, são mães de verdade!!

 Admiro todas as mães, mas admiro no mais profundo do meu íntimo, aquelas mães que criam os filhos sozinhas. Essa é uma missão desafiadora. Elas nunca desistem, mesmo quando tudo conduz para os caminhos mais difíceis. Nos filhos elas encontram toda a força que elas precisam. No sorriso desses pequeninos elas encontram felicidade, felicidade essa que vai conduzindo-as pela vida dia após dia. Elas são corajosas. São exemplares! Trabalham em dobro. Sacrificam-se em dobro. Elas são nossas mães!

Não há nada mais triste para mim do que ver um filho ingrato, que não reconheça o valor que a mãe dele tem, que pensam que elas tem obrigação de sustenta-los não importa a idade, que as fazem trabalhar e eles só se aproveitam delas. Elas fazem não por obrigação, mas por amor.  Nossas mães merecem nossos aplausos. Merecem ser reconhecidas, merecem ser amadas, cuidadas, sempre valorizadas. E nunca maltratadas.

Eu agora sou mãe, mas antes disso sou filha. Quanto amor eu tenho pela minha mãe querida. Só agora entendo todos os sacrifícios que ela fez por mim. Só agora entendo com clareza o amor dela por mim. Enquanto mãe, tenho um amor infinito por meu menino. Ele é a pessoinha que faz o melhor de mim vir a tona cada dia. Eu quero ser melhor diariamente por ele. Quando ele sorrir para mim, não há tristeza ou cansaço que não desapareça. Ele me leva para mais perto do meu Salvador.

Que neste Dia Das Mães expressemos nossa gratidão e amor por nossas mães ( sejam elas nossas tias, avós, ou quem quer que seja que assumiu este papel de mãe na sua vida). Que a abracemos fortemente se a temos por perto, mas se elas já partiram ainda sim volte seu coração a elas, e sei que elas sentirão seu amor onde quer que se encontrem neste momento. Elas nunca serão esquecidas. E sei que sempre estarão nos cuidando quer longe ou perto. O amor delas tem poder!

Feliz Dia Das Mães!!!

Modernidade

As mais marcantes lembranças que tenho da minha infância são aquelas voltadas as coisas mais simples. Não lembro de ter tido brinquedos caros, mas lembro sim das brincadeiras de roda com os amiguinhos na vizinhança. Bincar de  esconde-esconde, taco, peteca e elástico era mesmo divertido! Meninos e meninas juntos, sem preconceito, sem maldade, todo mundo era amigo de todo mundo.

            Ah, bons tempos aqueles quando os vizinhos pegavam seus banquinhos e sentavam em frente das casas jogando conversa fora por horas. Vida boa era essa!

Eu lamento ao pensar que as crinças de hoje não desfrutam e nem desfrutarão de experiências como estas que a minha geração desfrutou. As crianças atualmente tem seus celulares, Ipads e tudo mais com tecnologia. Brincam seus jogos eletrônicos sozinhas e até preferem conversas virtuais que as face a face. Embora tanta tecnologia nos traga um mundo vasto de informções e entretenimento, e sejam muito fascinantes em certos momentos, me pergunto muitas vezes se realmente estamos evoluindo.

            O mundo moderno tem muito a nos oferecer, eu sei. Tanta tecnologia a disposição a qualquer hora! E o interessante é que nós somos adaptáveis a ele. Nos adaptamos até muito rápido. Para mim é fascinante poder usar um celular com tantas funções. Embora eu seja terrível para encontrar endereços, eu nunca fico perdida(ou quase nunca) porque o GPS me informa as direções que devo ir.  Se preciso de qualquer informação, vou rapidinho no google e lá está o que eu procurava. Milhares de livros num pequeno aparelho, todas as minhas músicas preferidas num pequeno aparelho eletrônico. E o que mais me deixa maravilhada é poder ver os meus pais, e conversar com eles mesmo estando em lugares diferentes. Aí eles acompanham o crescimento do meu filho pelo skype, msn ou qualquer outro recurso online que está disponível. É muito bom poder manter contato com as pessoas que tanto amo, mas que moram no Japão, Alemanha, França, Brasil e pelo mundo a fora e ainda podemos sentir-nos pertinhos um do outro com essas conversas virtuais. Mas sabe onde eu realmente quero chegar? APARELHOS ELETRÔNICOS NÃO DEVEM SUBSTITUIR PESSOAS!!!!!!!

Mas sim, vejo que toda essa tecnologia aí para explorarmos diariamente estão substituindo pessoas. Querem um exemplo?  Aqui onde moro não há transporte público, todo mundo dirige seu próprio veículo. Mas onde trabalho é um lugar gigantesco e para visitarmos os diferentes setores temos alguns microônibus que circulam pela empresa. Havia um grupo de 6 pessoas a espera deste ônibus. O máximo que falaram um para o outro foi um “OI”  e aí todos voltaram suas atenções para os seus Iphones. Ninguem conversou com ninguém. E foi aí que pensei, caramba, ninguém mais conversa com ninguém? É claro, um iphone tem muito mais informações interessantes a se buscar do que uma pessoa, não é?

Certo dia, num fim de tarde, Ben, Daví e eu estávamos sentados juntos na sala de casa. O que é algo um tanto raro devido nossa rotina de trabalho. Nós três tínhamos tido um dia longo e parecia que só queríamos descansar e fazer nada. Aí eu fiquei pesquisando algumas coisas no meu computador, Ben estava jogando no computador dele, e Daví estava brincando com o meu celular. Típica cena da família moderna,né. Eu parei de fazer o que eu fazia, olhei ao nosso redor, e pensei que isso não estava certo. Eu não quero minha família nesse padrão moderno familiar! De verdade, eu odeio isso. Prefiro que conversemos uns com os outros ou façamos algo juntos do que simplesmente estarmos juntos. Então lembrei que alguém no meu trabalho falou que quando ela e o marido chegam em casa do trabalho, eles desligam o celular, não ligam o computador ou TV e vão preparar o jantar juntos e perguntam um ao outro a aos filhos como foi o dia, o que aprenderam, e passam o restante da noite juntos. É isso o que eu quero para minha família. O que é um grande desafio, eu sei.

Eu gosto muito de receber mensagens no celular, email ou nas redes sociais, mas ainda sinto falta das cartinhas que até uns quatro anos atrás eu recebia e enviava aos amigos com frequência.

Eu gosto muito das risadinhas virtuais que fazemos no teclado do computador,ou do LOL(Laugh out and loud- traduzinho Gargalhada) que digitamos quando falamos algo engraçado, mas de verdade eu ainda prefiro ouvir um risada de verdade. Saudade das gargalhadas engraçadas e esquisitas das minhas amigas. Se elas lerem isso vão saber que falo delas. Eu prefiro as conversas face a face, ouvindo a voz, sentindo o abraço, o cheiro, as feições no rosto, sentindo a emoção. Prefiro as caminhadas ao ar livre do que fazer uma caminhada na esteira na sala. Eu prefiro ler o livro virando as páginas. Escrever no papel sem usar siglas, ou seja lá como se fala para essas abreviações que digitamos. Eu prefiro pessoas de verdade!

Somos abençoados por vivermos numa época com tantas informações , com tanta tecnologia que avança cada dia e facilita nossas tarefas, que torna eficaz nosso trabalho e nos aproxima de quem está literalmente a uma longa dintância, mas devemos ser sábios para que elas não nos afastem de quem realmente está pertinho. Lembremos que um aparelho eletrônico não é mais importante que nossos filhos, cônjuges, familiares, amigos ou até um desconhecido (que perdemos a oportunidade de conhecer por focalizarmos nossa atenção ao nosso celular moderno). Precisamos analizar se nossas prioridades estão na ordem certa!

 

Por favor, veja o video em anexo e dê uma boa risada:)