sábado, 4 de maio de 2013

Modernidade


As mais marcantes lembranças que tenho da minha infância são aquelas voltadas as coisas mais simples. Não lembro de ter tido brinquedos caros, mas lembro sim das brincadeiras de roda com os amiguinhos na vizinhança. Bincar de  esconde-esconde, taco, peteca e elástico era mesmo divertido! Meninos e meninas juntos, sem preconceito, sem maldade, todo mundo era amigo de todo mundo.

            Ah, bons tempos aqueles quando os vizinhos pegavam seus banquinhos e sentavam em frente das casas jogando conversa fora por horas. Vida boa era essa!

Eu lamento ao pensar que as crinças de hoje não desfrutam e nem desfrutarão de experiências como estas que a minha geração desfrutou. As crianças atualmente tem seus celulares, Ipads e tudo mais com tecnologia. Brincam seus jogos eletrônicos sozinhas e até preferem conversas virtuais que as face a face. Embora tanta tecnologia nos traga um mundo vasto de informções e entretenimento, e sejam muito fascinantes em certos momentos, me pergunto muitas vezes se realmente estamos evoluindo.

            O mundo moderno tem muito a nos oferecer, eu sei. Tanta tecnologia a disposição a qualquer hora! E o interessante é que nós somos adaptáveis a ele. Nos adaptamos até muito rápido. Para mim é fascinante poder usar um celular com tantas funções. Embora eu seja terrível para encontrar endereços, eu nunca fico perdida(ou quase nunca) porque o GPS me informa as direções que devo ir.  Se preciso de qualquer informação, vou rapidinho no google e lá está o que eu procurava. Milhares de livros num pequeno aparelho, todas as minhas músicas preferidas num pequeno aparelho eletrônico. E o que mais me deixa maravilhada é poder ver os meus pais, e conversar com eles mesmo estando em lugares diferentes. Aí eles acompanham o crescimento do meu filho pelo skype, msn ou qualquer outro recurso online que está disponível. É muito bom poder manter contato com as pessoas que tanto amo, mas que moram no Japão, Alemanha, França, Brasil e pelo mundo a fora e ainda podemos sentir-nos pertinhos um do outro com essas conversas virtuais. Mas sabe onde eu realmente quero chegar? APARELHOS ELETRÔNICOS NÃO DEVEM SUBSTITUIR PESSOAS!!!!!!!

Mas sim, vejo que toda essa tecnologia aí para explorarmos diariamente estão substituindo pessoas. Querem um exemplo?  Aqui onde moro não há transporte público, todo mundo dirige seu próprio veículo. Mas onde trabalho é um lugar gigantesco e para visitarmos os diferentes setores temos alguns microônibus que circulam pela empresa. Havia um grupo de 6 pessoas a espera deste ônibus. O máximo que falaram um para o outro foi um “OI”  e aí todos voltaram suas atenções para os seus Iphones. Ninguem conversou com ninguém. E foi aí que pensei, caramba, ninguém mais conversa com ninguém? É claro, um iphone tem muito mais informações interessantes a se buscar do que uma pessoa, não é?

Certo dia, num fim de tarde, Ben, Daví e eu estávamos sentados juntos na sala de casa. O que é algo um tanto raro devido nossa rotina de trabalho. Nós três tínhamos tido um dia longo e parecia que só queríamos descansar e fazer nada. Aí eu fiquei pesquisando algumas coisas no meu computador, Ben estava jogando no computador dele, e Daví estava brincando com o meu celular. Típica cena da família moderna,né. Eu parei de fazer o que eu fazia, olhei ao nosso redor, e pensei que isso não estava certo. Eu não quero minha família nesse padrão moderno familiar! De verdade, eu odeio isso. Prefiro que conversemos uns com os outros ou façamos algo juntos do que simplesmente estarmos juntos. Então lembrei que alguém no meu trabalho falou que quando ela e o marido chegam em casa do trabalho, eles desligam o celular, não ligam o computador ou TV e vão preparar o jantar juntos e perguntam um ao outro a aos filhos como foi o dia, o que aprenderam, e passam o restante da noite juntos. É isso o que eu quero para minha família. O que é um grande desafio, eu sei.

Eu gosto muito de receber mensagens no celular, email ou nas redes sociais, mas ainda sinto falta das cartinhas que até uns quatro anos atrás eu recebia e enviava aos amigos com frequência.

Eu gosto muito das risadinhas virtuais que fazemos no teclado do computador,ou do LOL(Laugh out and loud- traduzinho Gargalhada) que digitamos quando falamos algo engraçado, mas de verdade eu ainda prefiro ouvir um risada de verdade. Saudade das gargalhadas engraçadas e esquisitas das minhas amigas. Se elas lerem isso vão saber que falo delas. Eu prefiro as conversas face a face, ouvindo a voz, sentindo o abraço, o cheiro, as feições no rosto, sentindo a emoção. Prefiro as caminhadas ao ar livre do que fazer uma caminhada na esteira na sala. Eu prefiro ler o livro virando as páginas. Escrever no papel sem usar siglas, ou seja lá como se fala para essas abreviações que digitamos. Eu prefiro pessoas de verdade!

Somos abençoados por vivermos numa época com tantas informações , com tanta tecnologia que avança cada dia e facilita nossas tarefas, que torna eficaz nosso trabalho e nos aproxima de quem está literalmente a uma longa dintância, mas devemos ser sábios para que elas não nos afastem de quem realmente está pertinho. Lembremos que um aparelho eletrônico não é mais importante que nossos filhos, cônjuges, familiares, amigos ou até um desconhecido (que perdemos a oportunidade de conhecer por focalizarmos nossa atenção ao nosso celular moderno). Precisamos analizar se nossas prioridades estão na ordem certa!

 
Por favor, veja o video em anexo e dê uma boa risada:)
 

 
 
 

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